quarta-feira, 28 de abril de 2010

Plano Diretor Participativo de Paracambi - RJ

Cliente: Prefeitura do Município de Paracambi. Elaboração do Plano Diretor Municipal. Local: Paracambi/RJ. (1991 - 1992)

Cidade de 40.000 habitantes em 1.991 e tendo 197 km² de área sendo 4 km² em sua área urbana e dos quais na ocasião 1,35 km² urbanizados, embora ociosos. Contratada em licitação pública, para o desenvolvimento do Plano Diretor Participativo, a CoOperaAtiva e seus técnicos e os da prefeitura local puderam empreender a tarefa na intenção de valorizar o planejamento, principalmente como catalisador de investimentos públicos e privados no município. A participação permanente das então 27 entidades da organização social local e a realização de seminários públicos de captação e discussão das propostas, muito contribuiu para que o Plano efetivamente pudesse ter um caráter Participativo, respondendo à demanda dos diversos segmentos da sociedade.
01_07 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DAS EDIFICAÇÕES


A CoOperaAtiva desenvolveu uma tecnologia construtiva em cerâmica armada (sistema construtivo “terra&teto”), que além de seu baixo custo, tem como característica de destaque racionalizar a construção eliminando excessos das formas e outras estruturas de madeiras. a cerâmica tem capacidade de resistir a altos esforços estruturais.

Esta é uma tecnologia de produção que aplica “trabalho intensivo”, possibilitando o emprego de mutirão e autoconstrução, sendo aplicável por empresas de qualquer tamanho, sem necessidade de equipamentos especiais. o sistema tem sido utilizado também em contenções de terrenos em encostas, fazendo com que a inércia e o peso de ambientes construídos armados, sejam resistentes ao empuxo da terra.



Os blocos são fabricados lisos para serem deixados aparentes, diminuindo os custos de acabamento. do ponto de vista econômico, é um material de fácil implantação em parques fabris existentes, usando mão - de obra local e matéria prima – argila – disponíveis na maioria das regiões do brasil.

A energia necessária para queima em fornos pode ser lenha, carvão, óleo, gás ou elétrica. as mais corretas ecologicamente são: o gás natural, nem sempre disponível, e o óleo, sub-produto do refino de petróleo que é de queima bastante limpa, ou ainda o carvão mineral.

O sistema foi concebido para manuseio do futuro usuário, podendo ser usado em regime de auto-ajuda, mutirão ou empreiteiras de qualquer porte, já que dispensa equipamentos sofisticados. sua utilização acrescenta maior agilidade na construção das edificações.

Pesquisas desenvolvidas pela COPPE/UFRJ (Santos, Myrthes M.), com comparações realizadas diretamente entre um conjunto habitacional que utiliza o bloco cerâmico (projeto da CoOperaAtiva) e outro com alvenaria tradicional, resultam que no sistema “terra&teto” verifica-se uma economia de energia da ordem de 9.200.000 kcal ou 47% na comparação das duas tipologias construtivas.

Isto representa a energia necessária para a fabricação de outros 3.000 blocos cerâmicos, ou aproximadamente 65% de uma nova unidade habitacional ou 1.100 litros de gasolina ou 12.100 km percorridos. Sendo, portanto excelente beneficio nos aspectos econômico e energético. Se comparado ainda com a estrutura de concreto armado economiza quase 50% da energia consumida na construção de edificações.

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